terça-feira, 26 de outubro de 2010



 "  Um simples balançar de ombros,
            as veias começam a pulsar mais forte,
                 e corpo se aquece..."
Maculelê




      O corpo quer voar a cada golpe !!!!



Berimbau:  Prof. Cobrador   Atabaque: Prof. Pantera   Pandeiro: Mestre Borracha

CEJOLE - Celebração dos 20 anos

Roda - Escola Joana Abraão


Dia 23 /10/2010
Com alegria conseguimos promover mais uma roda de Capoeira.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Ancião

 




NA ÁFRICA,CADA
ANCIÃO QUE MORRE
É UMA BIBLIOTECA QUE
SE QUEIMA...
AMADOU HAMPÂTÉBÂ

UM SORRISO NEGRO,
UM ABRAÇO NEGRO,
NEGRO É A RAIZ DA
LIBERDADE...

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

sábado, 2 de outubro de 2010

LUZ INTERIOR

                 “Em nome do Deus de todos os nomes
Javé, Obatalá, Olorum, Oió.
Em nome de Deus, que a todos os Homens
nos faz da ternura e do pó.
Que cresça a esperança, e o
sorriso apareça em cada rosto.
Em nome do Povo que espera na graça da fé,
que negro e branco permaneçam de mãos dadas.
Em nome do Povo sempre deportado
pelas brancas velas no exílio dos mares
marginalizados no cais, nas favelas e até nos altares.
Em nome do povo que fez seu Palmares,que ainda fará Palmares de novo, vamos
 lançar redes de solidariedade em nossas casas,
                                                                            em nossas comunidades ,cada um em seu quilombo
                                                                                       solte o grito em favor da liberdade!        

SABER VIVER...

A DIGNIDADE
É valor espiritual e moral inerente à pessoa humana,
que conduz um sentimento de respeito consciente .
 Tratar dignamente uma pessoa é respeitar o próximo e a si mesmo.

SITUAÇÃO PROBLEMA

Várias regiões de África são assoladas com frequência por crises de falta de alimentos, principalmente nas zonas rurais. Destacam-se as zonas subáridas do Sahel, desde a Mauritânia até ao Corno de África, e as que se encontram à volta do Deserto do Kalahari. Nestas áreas sucedem-se anos de seca, por vezes alternando com inundações que também destroem culturas, para além de obrigarem as populações a deslocar-se das suas zonas habituais.
Para além do fator climático, que alguns cientistas afirmam estar a agravar-se com o aquecimento global, existem ainda causas culturais, que se podem associar à colonização do continente pelas potências europeias no final do século XIX. Por um lado, a urbanização associada ao abandono das zonas rurais, onde não se promoveu o desenvolvimento económico e social, diminuiu a capacidade de produção agrícola, que era fundamentalmente de subsistência; por outro lado, os governos coloniais introduziram no campo a obrigatoriedade das culturas de produtos para exportação, que contribuíram, não só para a diminuição das áreas e da capacidade de cultivo de produtos alimentares, mas também para o empobrecimento dos solos.

RELIGIÃO, LÍNGUAS E POLÍTICA

Religiões

Em correspondência com os diferentes ramos étnico-culturais, encontram-se na África três religiões principais: o islamismo, que se manifesta sobretudo na África Branca, mas é também professado por numerosos povos negros; o cristianismo, religião levada por missionários e professada em pontos esparsos do continente; e o animismo, seguido em toda a África Negra. Esta última corrente religiosa, na verdade, abrange grande número de seitas politeístas, que possuem em comum a crença na força e na influência dos elementos da natureza sobre o destino dos homens.

Línguas

Da mesma forma que as religiões, existem inúmeras línguas no continente: várias línguas de origem africana e os idiomas introduzidos pelos colonizadores, utilizados até hoje. Os principais são: árabe, inglês, francês, português, espanhol e africâner, língua oriunda do neerlandês, falada pelos descendentes de neerlandeses, alemães e franceses da África do Sul e da Namíbia.

Política

Apesar de se registrarem atualmente na África muitos conflitos de caráter político, como o da Costa do Marfim e o do Sudão, e muitas situações irregulares, como a de Angola, pode-se dizer que a maioria dos países do continente possuem governos democraticamente eleitos. As únicas exceções neste momento são a Somália, que não tem sequer um estado organizado e o Saara Ocidental, ocupado por Marrocos.
No entanto, é frequente que as eleições sejam consideradas como sujas por fraude, tanto internamente, como pela comunidade internacional. Por outro lado, ainda subsistem situações em que o presidente ou o partido governamental se encontram no poder há dezenas de anos, como são os casos da Líbia e do Zimbabwe.
Em geral, os governos Áfricanos são reepúblicaspresidencialistas, com exceção de três monarquias existentes no continente: Lesoto, Marrocos e Suazilândia. Cabo Verde adotou o regime parlamentarista.
 

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

ORIXÁS

A chegada dos escravos africanos ao Brasil foi responsável pela consolidação de uma nova experiência religiosa em nosso território. Contudo, ao contrário do que muitos chegam a imaginar, não podemos supor que esse movimento simplesmente instalou a mesma lógica e as mesmas divindades cultuadas no território africano. Ao mesmo tempo em que alguns deuses ficaram para trás, outros foram criados para compor uma experiência singular.

Desse vasto panteão de divindades, os orixás se tornaram os mais conhecidos entre os praticantes e não praticantes das religiões de origem e influência africana. Segundo os ensinamentos do candomblé, todas as pessoas são filhas de orixás. Para que seja possível determinar a quais orixás um indivíduo pertence, ele precisa recorrer aos saberes oferecidos pelo jogo de búzios.

O jogo de búzios consiste basicamente no lançamento de dezesseis conchas, também conhecidas como cauris, em uma peneira. O pai-de-santo é o único capaz de realizar o lançamento das conchas e realizar a correta leitura da posição de cada búzio. Além do jogo, os praticantes do candomblé também associam a pessoa ao seu orixá através das características físicas e psicológicas do praticante.

Segundo a crença, cada pessoa recebe a influência de dois orixás principais. O primeiro é conhecido como o “orixá da frente” e o segundo como o “orixá de trás”, “segundo santo” ou “jutó”. Esse casal de divindades promove a proteção de seu seguidor e são reverenciados pelo pai-de-santo quando este toca a testa, para o orixá da frente, e a nuca para o orixá de trás. Além dessas duas divindades, uma pessoa pode incorporar a proteção de outros deuses, completando o número máximo de sete orixás.

No conjunto das religiões afro-brasileiras, os orixás podem assumir diferentes nomenclaturas segundo a crença que o adota. Na umbanda, os orixás não são diretamente incorporados pelas pessoas com aptidões mediúnicas. Geralmente, o orixá envia um representante, o falangeiro, que tem a função de repassar as ordens e orientações do orixá que o domina.

Entre os mais conhecidos orixás podemos destacar as figuras de Exu, orixá mensageiro sem o qual nenhuma transformação acontece; Ogum, divindade que está correntemente associada às guerras e à agricultura; Oxossi, reconhecido como irmão de Ogum e associado à caça e proteção. Além disso, podemos destacar Omulu, poderosa divindade responsável pelos poderes de cura e doença; Xangô, senhor dos raios e trovões; Iemanjá, a mãe de todos os orixás; e Oxalá, o grande orixá da criação.

Máscaras Africanas

Máscaras
Em África, tanto os objectos de uso quotidiano (tigelas, banquinhos, tantãs), ou para cerimónias especiais (estátuas de antepassados, feitiços, máscaras), como as obras de arte têm sempre uma utilidade prática. As máscaras, por exemplo, utilizadas nas danças e nas cerimónias públicas, constituem um laço entre o mundo humano e o divino. Elas são esculpidas para serem «exibidas» em determinadas circunstâncias da vida social e religiosa.

As máscaras têm muito préstimo e são consideradas as obras com maior valor entre todas as obras de arte negra. Elas contêm em si o poder do homem ou das divindades que representam, e é por meio delas que este poder se torna presente e transmite aos homens que as usam. Portanto, têm um significado totalmente diferente das máscaras ocidentais.
As máscaras africanas não têm nada a ver com o Carnaval ou com o divertimento. São feitas para circunstâncias muito especiais: danças da fecundidade, ritos de iniciação, funerais, etc. Fora destas ocasiões, as máscaras perdem todo o seu significado e valor. As máscaras são cuidadosamente guardadas até nova ocasião para serem usadas.
Na República Democrática do Congo, uma máscara que representa o rosto de um homem com a barba comprida, foi esculpida para os funerais de um velho. De facto, a barba comprida é símbolo de sabedoria. O homem que a usa durante a execução da dança fúnebre exterioriza a presença do defunto, o que faz com que os seus familiares fiquem confortados.
Outra máscara, mais pequena, com uma decoração simples, é uma máscara sagrada; materializa as forças existentes na natureza e permite ao homem dominá-las. É usada nos ritos de propiciação, de modo que, dominando as forças adversas, o homem tenha a certeza de êxito naquilo que está para fazer.
Outro exemplo podemos colhê-lo entre os Xenufo, um povo que habita nas planícies da Costa do Marfim. O bailarino cobre a cabeça com uma máscara grande com feições de animal durante as cerimónias que precedem os ritos de iniciação. Os enfeites simbolizam diversos animais (hiena, babuíno, pássaros sagrados, calaus), e representam o caos inicial do universo. O homem que usa esta máscara aterroriza com as suas danças a gente da aldeia e afasta os espíritos maléficos, purificando o terreno antes de a cerimónia se iniciar.

Zumbi dos Palmares

Quem foi Zumbi e suas realizações
Zumbi dos Palmares nasceu no estado de Alagoas no ano de 1655. Foi um dos principais representantes da resistência negra à escravidão na época do Brasil Colonial. Foi líder do Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos das fazendas. O Quilombo dos Palmares estava localizado na região da Serra da Barriga, que, atualmente, faz parte do município de União dos Palmares (Alagoas). Na época em que Zumbi era líder, o Quilombo dos Palmares alcançou uma população de aproximadamente trinta mil habitantes. Nos quilombos, os negros viviam livres, de acordo com sua cultura, produzindo tudo o que precisavam para viver.
Embora tenha nascido livre, foi capturado quando tinha por volta de sete anos de idade. Entregue a um padre católico, recebeu o batismo e ganhou o nome de Francisco. Aprendeu a língua portuguesa e a religião católica, chegando a ajudar o padre na celebração da missa. Porém, aos 15 anos de idade, voltou para viver no quilombo.
No ano de 1675, o quilombo é atacado por soldados portugueses. Zumbi ajuda na defesa e destaca-se como um grande guerreiro. Após um batalha sangrenta, os soldados portugueses são obrigados a retirar-se para a cidade de Recife. Três anos após, o governador da província de Pernambuco aproxima-se do líder Ganga Zumba para tentar um acordo, Zumbi coloca-se contra o acordo, pois não admitia a liberdade dos quilombolas, enquanto os negros das fazendas continuariam aprisionados.

Em 1680, com 25 anos de idade, Zumbi torna-se líder do quilombo dos Palmares, comandando a resistência contra as topas do governo. Durante seu “governo” a comunidade cresce e se fortalece, obtendo várias vitórias contra os soldados portugueses. O líder Zumbi mostra grande habilidade no planejamento e organização do quilombo, além de coragem e conhecimentos militares.

O bandeirante Domingos Jorge Velho organiza, no ano de 1694, um grande ataque ao Quilombo dos Palmares. Após uma intensa batalha, Macaco, a sede do quilombo, é totalmente destruída. Ferido, Zumbi consegue fugir, porém é traído por um antigo companheiro e entregue as tropas do bandeirante. Aos 40 anos de idade, foi degolado em 20 de novembro de 1695.

Zumbi é considerado um dos grandes líderes de nossa história. Símbolo da resistência e luta contra a escravidão, lutou pela liberdade de culto, religião e pratica da cultura africana no Brasil Colonial. O dia de sua morte, 20 de novembro, é lembrado e comemorado em todo o território nacional como o Dia da Consciência Negra.