sábado, 25 de setembro de 2010

Grandes Mestres

Mestre Bimba
Manuel dos Reis Machado, esse era o seu nome. Mestre Bimba foi o responsável por colocar na Capoeira movimentos de artes marciais e desenvolver um treinamento como o que conhecemos hoje em dia.
Bimba começou a jogar Capoeira com 12 anos e jogou por 10 a Capoeira de Angola. Naquela época a Capoeira era proibida e considerada um crime.
Em 1932, Mestre Bimba fundou, com o apoio da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, a primeira escola de Capoeira do Brasil, em Salvador. 
Bimba procurou modernizar a Capoeira, sem perder suas tradições. Certa vez em que o mestre se encontrou com o então presidente Getúlio Vargas, ele disse: “A Capoeira é a única luta verdadeiramente nacional”.Desenvolveu novos golpes para ela se tornar mais competitiva e tirou parte da ritualidade presente nas Rodas de Angola.
É crédito de Bimba hoje o berimbau ser o instrumento mais famoso nas rodas, já que antes era comum o uso da viola.
Em 1946 foi feita a primeira apresentação pública de Capoeira. Depois da experiência ter dado certo, Bimba começou a fazer exibições com dia e hora marcada. Algo que era antes impossível para qualquer capoeirista, agora era realidade: ganhar dinheiro de forma honesta com sua arte.
Mestre Bimba é responsável pela Capoeira Regional ser jogada hoje em mais de 150 países.

Mestre Pastinha
Do outro lado da capoeira, Mestre Pastinha (Vicente Ferreira Pastinha) pregava a tradição, o jogo matreiro, de malícia, estilo que passou a ser conhecido como Angola.
Pastinha é conhecido como o Mestre da Cultura Africana. Ele era um pensador da Capoeira. Seu estilo teve seguidores por todo o Brasil. Para ele era importante o trabalho físico e mental para que o talento e a criatividade crescessem.
Fundou a primeira escola de Capoeira de Angola, o “Centro Esportivo de Capoeira Angola”, no Pelourinho, Bahia.
Durante décadas se dedicou ao ensino da Capoeira e mesmo completamente cego não deixava seus discípulos.
Graças às diferenças entre esses dois grandes mestres, a Capoeira deixou de ser marginalizada e se espalhou da Bahia para o mundo.

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